O que é o Bullying
O termo Bullying foi introduzido por Dan Olweus quando pesquisava sobre tendências suicidas em jovens adolescentes.
O Bullying é um subtipo de violência escolar e traduz-se num conjunto de comportamentos agressivos, intencionais e repetitivos, levados a cabo por um ou mais alunos contra outro. O adolescente (ou criança) é alvo de insultos, piadas, gozações, apelidos cruéis, ridicularizações, etc.
O Bullying é também uma forma de pressão social. A sujeição continuada, por vezes diária, ao bullying pode originar traumas psicológicos significativos e o jovem, numa tentativa desesperada de diminuir as agressões, pode condicionar o seu quotidiano às solicitações dos agressores subjugando-se e silenciando o seu sofrimento.Na medida em que a maioria dos jovens não se queixa aos adultos – uma vez que cumprem a norma de silêncio imposta pelos agressores – é importante estar atento a sinais e manifestações não verbais, nomeadamente, alterações do rendimento escolar, sintomatologia psicossomática, fobia escolar e depressão.
Este tipo de violência é um comportamento agressivo intencional, repetitivo e evoca um desequilíbrio de poder (entre vítima e agressor) que se vai agravando com o passar do tempo e a repetição dos actos. A vitima de bullying faz uma leitura pessimista da sua capacidade para lidar com as agressões, sentindo-se em perda de controlo sobre a sua própria trajectória de vida e liberdade.
E quando acho que já não é possível sair daqui?
Por vezes é-nos difícil perceber a forma como poderemos fazer frente aos outros e sentirmo-nos bem, mas essa é uma capacidade que todos nós temos e que, por algum motivo; nalgum momento, foi-nos retirada. É então necessário trabalhar na sua reposição…É importante que procures ajuda especializada, que fales com os pais familiares mais próximo e que em conjunto trabalhem formas de minimizar os efeitos sentidos.
Serei vítima, agressor ou simplesmente espectador?
Por vezes poderemos ser de tudo um pouco. Há alturas em que deixamos que os outros incomodem os que estão à nossa volta sem sequer intervirmos, mas há alturas outras em que somos nós mesmo alvo de tais insultos, gozações, humilhações… o efeito produzido/causado desencadeia em nós uma imensa zanga, que nalguns casos provoca a saída de uma situação de vítima para uma de agressor. Mas ambas as posturas evidenciam dificuldades na gestão dos próprios conflitos internos, que merecem uma atenção especializada…
Não sei o que fazer, pois não me largam na escola!
Quando sentes que estás encurralado, quando achas que nada resulta, que mesmo com as tuas tentativas de auto-defesa te sintas impotente, não desistas. Estás no bom caminho, apenas precisarás de algum tipo de ajuda para te fazer ver que ainda possuis capacidade para te defender e que conseguirás argumentar contra os demais. Por vezes, como nos sentimos sozinhos é mais difícil conseguirmos dar a volta à situação, mas será que estás realmente sozinho? Procura à tua volta em quem poderás confiar e de alguma forma sentir-te-ás melhor, pensa também na hipótese de partilhar alguma das coisas com os teus familiares. Fazer parte de um grupo onde somos constantemente humilhados não é fazer parte de um grupo. De certeza que existem outro tipo de amigos, ou então terás de fazer valer a sua posição, só assim ganharás respeito e auto-confiança…Tenho tanta raiva que às vezes só me apetece gritar!Por vezes estas coisas da nossa vida são tão complicada e à nossa volta ninguém nos entende que acabamos por não confiar em ninguém e não nos mostrar na realidade para ninguém. Mas também não podemos mostrar a nossa fraqueza, assim assumimos uma relação pelo poder, em que mandamos nos outros, humilhamo-los e fazemo-los sentir que estão sob a nossa alçada, só assim conseguiremos assumir algum papel de destaque e sentirmo-nos bem. Mas essa sensação é complexa e envolve tantas outras coisas que às vezes nem queremos pensar porque se faz, pois é penoso demais para nós…